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Maestro Deitado
Juliano Volpato - 2020
Escultura - entalhe em madeira de reúso (cedro rosa)
23,00 cm altura x 35,00 cm largura x 16,00 cm profundidade
USD 1.155,00
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Código do produto: 14406
O ARTISTA
Juliano Volpato
Um dos aspectos mais fascinantes da escultura é sua capacidade de reunir inúmeras imagens em seus contornos, na somatória de seus volumes e na interação de cada uma dessas formas com a luz.
Diante da escultura, o espectador se aproxima da sua própria criatividade e essa relação que se constrói entre o observador e a obra de arte é o que mais cativa Juliano Volpato no universo escultórico.
Brasileiro, natural de São Paulo, o escultor graduou-se em Geologia, mas dedica-se à escultura desde a adolescência, quando tomou suas primeiras aulas de modelagem.
“Tenho ainda muito viva a memória, de quando era menino, de meu espanto ao me deparar com a obra ‘Primeira vitória de Aníbal’, de Antoine Bourdelle (1885), na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Hoje sei que foi uma impressão decisiva.”
Mais recentemente, aprendeu a técnica do entalhe em madeira sob a orientação de Carlos Calsavara, e tem desenvolvido trabalhos figurativos, marcados pelo jogo entre mimese e distorção. O humano e tudo que lhe é relativo estão especialmente presentes em suas obras e a simplicidade nas representações é um fator sempre levado em consideração pelo artista.
Os interesses estéticos de Juliano se distribuem por um amplo espectro, indo do antigo ao moderno, do ocidente ao oriente, ainda que os escultores e pintores modernistas exerçam particular influência em seu trabalho.
“Com educação formal em outra área do conhecimento, minha incursão na arte se deu primordialmente pelo contato com artistas de minha família, e pela curiosidade e leituras. Além disso, para mim os museus são uma grande escola, onde conheci muitos daqueles que se tornaram importantes referências para mim", diz. Dentre tantos grandes nomes, ele cita os de Barbara Hepworth, Henry Moore, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret e Di Cavalcanti, além de Emanoel Araújo, Francisco Brennand e Pablo Picasso.
Na execução dos trabalhos há o cuidado em adequar as formas desejadas às características do material utilizado, sempre em benefício da obra. Para Juliano, essas particularidades, quando incorporadas, obrigam o reequilíbrio das formas por caminhos inesperados que enriquecem a composição.
Atualmente, o artista tem privilegiado a madeira. “É um material belo, vivo, com o qual sempre me identifiquei. Suas diferentes espécies apresentam diferentes durezas, o que altera a elaboração das formas e proporciona, assim, resultados sempre diversos”.
Por sua disponibilidade e sustentabilidade, o artista utiliza a madeira de reuso, proveniente de demolição e poda urbana, trabalhando-a com ferramentas manuais na produção de peças únicas, esculpidas a partir de blocos inteiros, almejando alta durabilidade e acabamento fino.
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