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Série Horizontais
Mazé Mendes - 2002
Acrílica sobre tela
60,00 cm altura x 180,00 cm largura x 0,10 cm profundidade
USD 2.700,00
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Código do produto: 14171
A ARTISTA
Mazé Mendes
A linha vertical representa, simbolicamente, o espírito descendo na matéria, ou a energia que vem da Divindade. Tem qualidades masculinas: é emanante, dinâmica, energética, fogosa e dominante. Toda energia tem uma polaridade oposta, e a linha horizontal é um símbolo disso, em oposição à linha vertical. Representa a energia da alma: o feminino, as qualidades receptivas e absortivas da Mãe Terra. Essa linha é um símbolo antigo da matéria e do mundo material.
Um axioma do ocultismo afirma que “Deus geometriza”. E é por meio da observação intensa da geometria ao seu redor que a artista Mazé Mendes explora a sua matéria prima essencial: a linha. Ora em composições verticais, ora horizontais, estas linhas - ou construções - inspiram os títulos das suas obras e ao longo da sua trajetória é possível acompanhar sua evolução por estágios distintos.
A artista, que nos anos 80 tinha a figura humana como objeto central de sua pintura, desde então já a representava inserida no cenário urbano. Aos poucos, as figuras vão desaparecendo e dando lugar a grandes planos de cor, formas prismáticas, multiplicadas ou fragmentadas. A geometria dos signos urbanos transformariam as pinturas de Mazé em verdadeiros exercícios de abstração, estabelecendo assim um diálogo próximo com a produção de uma de suas maiores influências, a artista chinesa Helena Wong.
O interesse pelas curvas da pincelada oriental e a busca pela síntese na cor e na imagem são traços essenciais da pintura de Mazé Mendes. Palavras, signos orientais, fragmentos de objetos indígenas e etnográficos, os grafismos e as impressões urbanas também são uma constante nos seus trabalhos. “Meu diálogo com a pintura é um campo aberto a inserções, não descartando as múltiplas possibilidades de sair do plano e incluir em minhas vivências objetos-esculturas, que também fazem parte deste universo”, explica Mazé.
Observadora e ciente da efemeridade e transitoriedade da paisagem urbana, que se transforma num estalar de dedos, a artista revela que transita pelas ruas munida de sua câmera fotográfica a fim de capturar as cenas que serão materializadas em suas obras. Mazé, que também possui em seu currículo experiências com gravura e desenho, conta que a lente fotográfica, porém, é apenas um filtro através do qual esta pintora enxerga o mundo. Nas obras mais atuais, existe ainda certa simetria construída pela linha horizontal que divide e duplica a paisagem; as cenas aparecem borradas, como se observadas a partir de uma janela de carro em movimento - portanto, efêmeras, provisórias.
Bacharel em Pintura e Licenciatura em Desenho pela Escola de Belas Artes do Paraná, Mazé é também pós-graduada em arte educação pela Faculdade de Artes do Paraná. Possui cursos de extensão em Gravura e História da Arte, e ministrou oficinas de arte em diversas cidades do Paraná. Foi professora da FAP/UNESPAR de 1984 a 2008. Participa ativamente de vários certames artísticos, com dezenas de exposições individuais, salões e coletivas no Brasil e no exterior, com destaque para o intercâmbio cultural em 2008 na cidade de Kobe, Japão, no Hyogo Prefectural Museum of Art. Suas obras fazem parte dos acervos do Museu Oscar Niemeyer, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu da Universidade Federal do Paraná, Museu Municipal de Arte de Curitiba, Museu de Arte de Santa Catarina, entre outros, como pinacotecas, consulados e coleções particulares.
Nascida em Laranjeiras do Sul, Paraná, a artista vive e trabalha em Curitiba desde 1969. No auge da sua produção artística, Mazé acredita que somente o trabalho constante leva o artista ao amadurecimento e ao sucesso. “A arte nasceu com o homem desde o momento em que se comunicou através de seus desenhos e inscrições nas cavernas. A partir daí a importância da arte no mundo tornou-se infinita, porque sempre contará a nossa história através dos tempos”.
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