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Carol Peso - 0
Acrílica sobre tela
40,00 cm altura x 40,00 cm largura x 2,00 cm profundidade
USD 160,00
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A ARTISTA
Carol Peso

Um novo olhar acerca de aspectos cotidianos que fazem parte da vivência de citadina. Elementos como vestígios de obras, fiações elétricas, equipamentos de sinalização e faixa de pedestres, que antes passariam desapercebidos em meio aos caos metropolitano, alcançam um significado mais aprofundado pela perspectiva da artista mineira Carol Peso.
Segundo ela, cenas de grandes centros urbanos, aparentemente banais, ganham potência: desvelam o anonimato das coisas, trazem fragmentos de volta à vista, como se fossem “as linhas de uma tessitura invisível das nossas cidades”.
Esse interesse se aproxima, assim, daquilo que o filósofo francês Michel Foucault chamou de “diagnóstico do presente”: quem busca tornar visível aquilo que, exatamente por ser tão próximo e tão intimamente ligado ao ser humano, não é percebido. Sua abordagem, contudo, não é realista. A artista alterna o traço do realismo às pinceladas ficcionais enquanto ressignifica os elementos do corriqueiro em novas narrativas visuais.
De seu apartamento em Belo Horizonte, onde concilia o tempo entre pincéis, telas, seu filho e marido, Carol nos conta que sua relação com a cor mudou ao longo dos anos para uma produção mais intuitiva e sugere que sua pintura seja experimentada em camadas de sentidos:
autentikart | Nos conte um pouco sobre sua história e iniciação nas artes – como isso aconteceu?
Vestígios de obras, fiações elétricas, equipamentos de sinalização e faixa de pedestres, que antes passariam desapercebidos em meio aos caos metropolitano, alcançam um significado mais aprofundado pela perspectiva da artista
Sempre gostei de desenhar. Na adolescência tive a oportunidade de frequentar um curso livre de arte, e isso foi um divisor de águas para mim. Através dele fui apresentada a um desenho mais técnico, com os diferentes grafites, o carvão, o pastel, e conheci a pintura a óleo. Frequentei esse curso por um ano mais ou menos, mas continuei pintando e desenhando. Me formei em arquitetura e urbanismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e defendi o mestrado na mesma instituição. Cheguei a lecionar história da arte e da arquitetura, além de temas relacionados ao patrimônio cultural, em faculdades de Minas Gerais. Em 2016 ingressei na graduação em artes plásticas da UEMG – Escola Guignard. Foi nesse momento que a minha relação com a arte assumiu uma postura mais profissional, com a participação em diversas exposições coletivas e salões de arte.
autentikart | Como sua formação em arquitetura contribui para o seu olhar nas artes plásticas?
A paixão que me levou a estudar arquitetura me acompanha até hoje na minha trajetória artística. O tema da memória sempre me interessou, e não foi por acaso que me aprofundei academicamente na temática da preservação patrimonial, da identidade e das referências culturais. Trabalho com isso enquanto arquiteta. E acho que essa sensibilidade me levou a olhar com curiosidade para as nossas cidades, povoadas de elementos que, por sua aparente banalidade e familiaridade, nos passam despercebidos. Reconheço, aí, uma potência: tais elementos invisíveis são constituidores de nossas identidades espaciais.Tive a oportunidade de viver um ano em Paris, de 2010 a 2011, quando recebi uma bolsa para o Institut National du Patrimoine - INP. Acredito que essa experiência, que me permitiu vivenciar uma paisagem estrangeira e tão diversa, aguçou ainda mais o meu olhar para aquilo que me cerca na vida cotidiana de citadina.
autentikart | É visível que em seu trabalho você faz uso de uma paleta de cores diversificada, porém muito relacionada com os elementos figurativos que representa. Nos conte um pouco sobre o assunto das suas obras, suas motivações e relação com as cores.
Gosto muito de perceber a cidade. E os elementos, meio que coadjuvantes, da paisagem urbana sempre despertaram meu interesse: a fiação elétrica, os vestígios de obras, os equipamentos de sinalização, as faixas de pedestres, e por aí vai...essas figuras foram então surgindo na minha pintura, meio que naturalmente. Me interessa desvelar esse anonimato das coisas, trazer esses fragmentos de volta à vista, como as linhas de uma tessitura invisível das nossas cidades. No começo uma abordagem mais realista me despertava o interesse. E assim fui construindo a série que denominei INsignificâncias (escrita dessa forma mesmo!). Para esses trabalhos, utilizei uma paleta mais sóbria, também porque queria dar um tratamento mais realista.
Mas minha relação com as cores ficou bem mais intuitiva nos meus trabalhos mais recentes: as tonalidades ganharam mais autonomia em relação ao real. E isso acaba refletindo nas telas. A pintura vai ficando mais complexa quando o espectador se aproxima dela, podendo experimentar camadas de sentidos. O figurativo, quando observado de perto, se aproxima mais da abstração. Acredito que isso aconteça porque trabalho com a justaposição de camadas, ranhuras, fragmentos de campos de cor, raspagens…e por aí vai!
autentikart | Como você define a arte e sua importância no mundo de hoje?
Gosto muito de uma frase atribuída a Paul Klee: “a arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver”. Isso define, para mim, a importância fundamental da arte: nos conceder novas lentes para enxergar, questionar e compreender a complexidade do mundo em que vivemos.
autentikart | Por fim, conte algo curioso sobre você. O que as pessoas jamais imaginariam ao seu respeito, ao olharem para sua fotografia e lerem seu currículo em nossa plataforma?
Em geral, à primeira vista as pessoas me consideram calma, tranquila... ledo engano! Internamente a fermentação mental é intensa! E a arte é um meio de dar vazão a essa necessidade, e urgência, de pensamento, imaginação, criação e produção.
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